Gases ou cólica? O dilema de todo pai (e mãe) no começo da jornada

Vou ser bem direto: quando meu filho começou a chorar de um jeito que eu nunca tinha ouvido antes, minha primeira reação foi entrar no Google e digitar “bebê choro estranho o que fazer socorro”.
É assim que a gente começa, né?
No início, tudo é novo. Cada careta, cada chorinho diferente, cada perna esticada faz a gente pensar:
“Será que é fome? Fralda? Frio? Dor? Alienígenas?”
Mas tem dois vilões muito comuns nas primeiras semanas (e meses): gases e cólicas. E confesso que demorei um pouco pra entender a diferença entre eles.
Então como saber?
Depois de muito observar (e de algumas noites mal dormidas), comecei a perceber alguns sinais:
👉 GASES
Geralmente o bebê:
- Fica se contorcendo, com carinha de desconforto
- Estica e encolhe as perninhas várias vezes
- Solta uns barulhinhos… digamos… “musicais”
- Às vezes, melhora logo depois de arrotar ou soltar pum
É como se o corpinho estivesse tentando expulsar o ar preso. Dá pra ajudar com massagem, bicicleta com as perninhas, colocar o bebê de bruços no colo… e principalmente: paciência.
👉 CÓLICA
Agora, quando é cólica mesmo, a coisa aperta um pouco mais:
- O choro costuma ser mais intenso, quase um grito
- Parece que nada consola: peito, colo, música, danças estranhas
- Pode acontecer sempre no mesmo horário (muito comum no fim da tarde)
- A barriguinha fica mais dura, e ele se encolhe todinho
Nesse caso, o choro vem de dor mesmo. E a sensação de impotência é grande. Mas só quem já passou por isso sabe como é. Você só quer fazer o bebê parar de sofrer — e às vezes, não tem muito o que fazer além de estar ali, com ele.
A parte boa?
Passa.
Sério. Na hora parece que vai durar pra sempre, mas não vai. Aos poucos, o sistema digestivo do bebê vai amadurecendo, e essas crises ficam mais raras.
O que eu aprendi nesse caminho é que, muitas vezes, o colo é o melhor remédio. Mesmo quando não resolve o desconforto, alivia o coração — o dele e o nosso.
E se você estiver aí agora, exausto, sem saber mais o que fazer, achando que tá falhando… respira. Você tá fazendo o seu melhor.
E isso já é muito do que seu bebê precisa.

Dicas (de pai cansado) pra melhorar o sono do bebê
Vou ser honesto: se você está lendo isso com uma olheira que parece tatuagem, segurando o bebê com uma mão e o celular com a outra… eu tô com você.
Dormir bem vira uma lenda urbana quando o bebê chega, né?
Mas com o tempo — e muitos testes — eu descobri algumas coisas que ajudam de verdade.
Aqui vão minhas dicas sinceras, testadas entre bocejos e mamadas às 3 da manhã:
1. Crie um ritual antes de dormir (e repita. Sempre.)
Aqui em casa, banho morno, meia-luz, som baixinho e colo. Toda noite, do mesmo jeitinho. No começo parece que não faz diferença nenhuma, mas depois de uns dias o bebê já começa a entender: “opa, agora é hora de desligar.”
A rotina dá segurança. É tipo um GPS do sono.
2. Ambiente escuro e fresco ajuda demais
Luz forte e barulho só atrapalham. Deixamos o quarto com aquela penumbra boa e, se tá calor, ventoinha bem longe, só pra circular o ar.
Silêncio completo nem sempre rola (principalmente com vizinhos barulhentos), mas um ruído branco ajuda muito. E não, não precisa de aparelho caro. Tem no YouTube, Spotify, até app gratuito.
3. Observe os sinais de sono, não o relógio
Antes eu achava que “o bebê dorme às 20h”. Mas percebi que o ideal é entrar em ação quando ele começa a dar sinais: esfrega o olho, boceja, fica mais quietinho.
Se passar do ponto… aí vem o “modo turbo” e ele vira o bebê mais elétrico do planeta.
4. Alimentado e com fralda limpa? Meio caminho andado
Pode parecer básico, mas quantas vezes o bebê tá só incomodado com a fralda úmida e a gente achando que é crise existencial?
Fralda sequinha e barriga cheia (sem exagero) deixam tudo mais fácil.
5. Aceite que vai ter dias ruins (e noites piores)
Nem sempre vai dar certo. Vai ter noite que o bebê vai querer festa às 2h da manhã e você vai pensar em pesquisar “como dormir em pé com um bebê no colo”.
Mas vai por mim: isso passa. E quando passa, a gente até sente saudade (de algumas partes, pelo menos).
No fim das contas, cada bebê tem seu ritmo. A gente vai tentando, errando, acertando… e colecionando histórias pra contar.
Se você tá cansado, saiba: você não tá sozinho. E só de estar aí, tentando melhorar o sono do seu bebê, você já tá fazendo um baita trabalho.
Segura firme. Uma hora ele dorme. E você também. 🙃
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